Vestiario.org fala sobre Kerli

Leia abaixo a matéria que a Vestiario.org, afiliada da Universal Music Brasil postou:

Uma estoniana pronta para espalhar seu som pelo mundo

Com estilo próprio, Kerli se prepara para lançar seu segundo disco de inéditas. “Será um álbum cintilante”, diz. De um país que quase ninguém se lembra existir, a moça chamou a atenção em 2008 quando colocou no mercado “Love Is Dead”, que obteve relativo sucesso e lhe deu uma legião de fãs. Dona de um estilo vibrante e lúdico, Kerli arrumou um tempinho em sua agenda e trocou algumas palavras comigo.

Você teve “Army Of Love” em primeiro lugar na lista Dance da Billboard graças a união de fãs. Como você enxerga o papel do fã no novo panorama da indústria fonográfica?

Para mim, os “moon children” [maneira como Kerli se refere aos seus fãs] não são apenas meus fãs, eles são co-criadores do meu mundo. Eles escolhem meu figurino, cor de cabelo, enfim, tomam todas as decisões criativas ao meu lado. Eu vejo o que eles estão sentindo e pensando, e escrevo músicas sobre isso – eles realmente são parte de mim. Eu criei o MoonChildren há cinco anos, antes mesmo dos artistas começarem a interagir pessoalmente com seus fãs, por isso vejo minha relação com meus fãs como algo orgânico.

O seu segundo álbum tem previsão de estreia para o fim deste ano.

Estou muito empolgada para lançar este álbum, e você poderia classificá-lo como “ethereal hardcore”. Estou trabalhando algumas batidas graves, mas tenho tentado criar sons angelicais que levam você a uma viagem. Desde que comecei a escrever as letras, tive tempo de elaborar uma temática nas composições. Espero que seja visto como uma poesia para a nova geração, e que também coloque as pessoas para dançar. O disco está inocente, cintilante. Fantástico!

A Estônia é um país que se tornou reindependente há pouco tempo. O que você se lembra desta mudança?

O que mais me recordo é de quando o dinheiro chegou ao país pela primeira vez. Eu juntei um punhado de moedas e comprei cinco pacotes de gomas de mascar. Nós não tínhamos goma de mascar antes [da União Soviética se dissolver], e a minha mãe brigou comigo por eu desperdiçar dinheiro com doces. Hoje nós temos até bananas lá depois que abriram as fronteiras. E, realmente, bananas são um ótimo negócio [risos].

Todos os seus vídeos são repletos de referências às artes, e praticamente você criou um gênero musical próprio!

Vejo arte em toda parte! Pra mim, não é uma coisa separada da vida real. Recebo inspiração dos lugares mais aleatórios, como pessoas, livros. Inspiração pode vir de qualquer canto.

Você está falando para um site brasileiro. O que você conhece da nossa música?

Passei meu último versão inteiro escutando algumas coisas brasileiras, mas não consigo me recordar nomes. Mas era um som que deslisava e era ótimo para começar o dia, deixando o sol entrar enquanto cozinhava alguma coisa para o café da manhã. Também fiz dança quando era criança, e me lembro de algumas lições de samba.